domingo, 27 de setembro de 2009

Trajétória de Milton e Wagner

http://eptv.globo.com/lazerecultura/lazerecultura_interna.aspx?270709

Entrevista em Três Pontas, durante o Festival

Reportagem EPTV

Há exatamente duas semanas, estávamos finalmente assistindo ao show do Milton. Foi o terceiro que pude assistir. Estávamos todos exaustos. Mas finalmente Ele havia entrado no palco, por volta das Duas da Madrugada.
Antes Dele as atrações foram muitas, sem demora entre um show e outro, o que em si demonstra a organização do evento. Porém foi tudo muito cansativo e as outras atrações às vezes díspares: Sílvio Brito, Ivan Lins e Tom Zé. Entre eles Wagner Tiso, numa apresentação impecável, mas por demais erudita para um palco aberto, com pessoas conversando e adolescentes ocupando os melhores espaços e mais preocupados em beber e paquerar, atrapalhando que estava ali para apreciar a Música.
Aliás, se houve algo infeliz, que não combinou com a natureza do Festival e com a Memória do Festival de 1977 foi a existência de divisão para o público. Ainda que o preço dos ingressos eram "populares", se antecipados, mas, como disse, os melhores espaços foram ocupados por demais adolescentes que mais atrapalharam os outros, separados por uma grande grupo de seguranças.
Esperava que houvesse mais interação entre os convidados e Milton. Esperávamos todos que Ele entrasse no palco mais cedo. Espera eu que ele tocasse duas músicas do "Pietá": A Feminina Voz do Cantor e Pietá.
Mas, ainda que exausto, fisicamente, gostaria que seu Show terminasse só ao raiar do Sol. Seu cantar e sua voz batem força na alma. Pura emoção, puro espírito. Andar por Três Pontas creio que foi pra mim como a um Muçulmano ir a Meca, um católico à Roma, um Budista à Índia, etc.
Encontrei o Wagner Tiso numa padaria. Mas ainda hei de encontrar o Deus que canta pelas Ruas de sua Cidade

Nós e o Wagner numa Padaria... Na próxima a gente tira com o Milton

Nòs no Show

 
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Eu e Dani no Centro de Cultura em Três Pontas

 
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Encontro Marcado com Deus (clique aqui)
"Se Deus cantasse, seria com a voz do Milton", disse certa vez Elis Regina, a maior intérprete do Brasil, musa Dele, e interpréte de suas composições. Anos mais tarde, seria a vez de Milton lastrear e lançar Maria Rita, filha de Elis. Quando, há alguns meses fui ouvir Pietá, feito em homenagem à sua segunda mãe, Lília; primeiro me culpei, senti-me um verme na terra por ter demorado tanto para ouvir aquelas canções. Mas depois senti-me privilegiado por estar no mesmo mundo, na mesma época que Ele.
Talvez não seja exagero afirmar que foi Milton Nascimento que recriou toda a simbologia do Ser Mineiro. Toda a riqueza, a singularidade e a cultura do povo do interior de Minas. Hoje, escrevendo este texto, lembro-me de quando era criança, à véspera de ganhar um presente de meus pais, um binóculo, logo pela manhã. De tão excitado, não dormi à noite. É assim que me sinto agora. Neste sábado, 12 de setembro de 2009, serei um dos felizardos a estar no Festival Música do Mundo, quando Milton volta a sua terra (ao contrário de muitos outros artistas "estrelares", ele está sempre em sua terra natal , com sua família e amigos - ao mesmo tempo que, sendo Deus, é onipresente, estando sempre entre todos aqueles bem-aventurados de coração).
Rezo a Ele todo dia para que me dê a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Afinal, poucos na história da humanidade tiveram a oportunidade de viverem entre Santos e Deuses. Eu sou um deles. E farei parte da memória da Música do Mundo, depois deste festival.

Homenagem a Milton Nascimento no Altas Horas